Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
(O Principezinho, Antoine de Saint-Exupéry)

segunda-feira, 31 de maio de 2021

Plasticologia marinha

A Biblioteca promove, no átrio da escola, uma exposição sobre a poluição dos mares que visa  sensibilizar e educar para o problema do plástico nos oceanos.

Fundação Oceano Azul

Oceanário de Lisboa - Fundo para a conservação dos oceanos

   

     
                                                                  



    quinta-feira, 20 de maio de 2021

    Educação Literária - 6.ºAno

     " Celebrar.... Viagens Literárias"


    A equipa pedagógica da BE promove uma exposição temporária subordinada ao tema "Viagens".

    A mostra de imagens visa motivar os alunos para a escrita de um texto narrativo, atividade desenvolvida pelos professores do Departamento Curricular de Português.

    Esta atividade trata-se de uma parceria pedagógica entre a BE e os professores de Português.








    segunda-feira, 10 de maio de 2021

    Dia da Europa - 8 de maio

    Vivem-se as comemorações europeias no átrio da nossa Escola!

    E tu, já descobriste as bandeiras?

    Sabes que países atualmente integram a União Europeia?



    Festival "Livros a Oeste" - 11 a 15 de maio



    https://portaldomunicipe.cm-lourinha.pt/menu/1204/livros-a-oeste---2021



     

    Dia Internacional da Família - 15 de maio









    lengalenga "Os sete irmãos" – página 25
    https://pt.slideshare.net/luisrolhas/mais-lengalengas


    https://www.slideshare.net/elizandraveras/vamos-brincar-com-trava-lnguas



    quarta-feira, 5 de maio de 2021

    Dia Mundial da Língua Portuguesa - 5 de maio




    “Este dia mundial é um reconhecimento justo da relevância global da língua portuguesa. Estou seguro de que o seu futuro continuará a ser enriquecido pela diversidade e solidariedade de todas as suas vozes.”

    Mensagem de António Guterres, Secretário Geral das Nações Unidas 





    segunda-feira, 3 de maio de 2021

    Semana da Cultura Clássica - 3 a 7 de maio

    Semana da Cultura Clássica 


    A Biblioteca de Ribamar esta semana está a assinalar a Cultura Clássica. 

    Ao longo da semana os alunos irão conhecer várias lendas e mitos da mitologia grega e romana.


    Dia 3 de maio

    Foi divulgado aos alunos do 2.ºciclo,

    "O Mito de Pandora".


    Em tempos muito, muito longínquos, não existiam mulheres no mundo, apenas homens, que viviam sem envelhecer, sem sofrimento, sem cansaço. Quando chegava a hora de morrerem, faziam-no em paz, como se simplesmente adormecessem.

    Mas um dia, Prometeu (cujo nome significa ‘o que pensa antecipadamente’, isto é, Previdente) roubou o fogo a que só os deuses tinham acesso e deu-o aos homens, para que também eles pudessem usufruir desse bem, na defesa contra os animais ferozes, na confeção dos alimentos, na garantia de aquecimento nas noites frias.

    Ora, o rei dos deuses não podia deixar passar em branco a afronta de Prometeu e concebeu um castigo terrível para a Humanidade. Mandou então que, com a ajuda de Atena, Hefesto, o deus ferreiro, criasse a primeira mulher, Pandora, que significa (‘todos os dons’), e cada um dos deuses dotou-a com uma das suas características: Afrodite deu-lhe beleza e poder da sedução; Atena fê-la arguta e concedeu-lhe a habilidade dos lavores femininos; mas Hermes deu-lhe a capacidade de mentir e de enganar os outros.

    Zeus ofereceu-a então de presente a Epimeteu, que era irmão de Prometeu. O seu nome significava exatamente o contrário do irmão, pois Epimeteu quer dizer ‘o que pensa depois’, isto é, irrefletido. E, de facto, sem pensar duas vezes e contrariando a advertência do irmão, que lhe dissera que nunca aceitasse nenhum presente vindo de Zeus, ele deixou-se seduzir pela bela Pandora e casou-se com ela.

    Pandora trazia consigo um presente dado pelo pai dos deuses: uma jarra (“a caixa de Pandora”), bem fechada, que estava proibida de abrir. Mas, roída pela curiosidade, um dia decidiu levantar só um bocadinho da tampa, para ver o que lá se escondia. De imediato dela se escaparam todos os males que até aí os homens não conheciam: a doença, a guerra, a velhice, a mentira, os roubos, o ódio, o ciúme… Assustada com o que fizera, Pandora fechou a jarra tão depressa quanto pôde, colocando-lhe de novo a tampa. Mas era demasiado tarde: todos os males haviam invadido o mundo para castigar os homens. Lá muito no fundo da jarra, restara apenas uma pequena e tímida coisa, que ocupava muito pouco espaço, a esperança.

    Por isso se diz que “a esperança é a última a morrer”. De facto, com todos os males soltos no mundo, lutando e quantas vezes vencendo os bens de que os homens gozavam, só a esperança, bem guardada no mais fundo dos nossos corações, nos dá ânimo para nunca desistirmos de expulsar as coisas más das nossas vidas.

    Fonte: http://www.olimpvs.net/index.php/mitologia/a-caixa-de-pandora




    Aos alunos do 3.ºciclo, 

     "Gaia -  a Deusa da terra na Mitologia grega".


    Gaia é a deusa da Terra ou simplesmente Mãe-Terra nas mitologias gregas e romana.

    Segundo o poeta Hesíodo, Gaia é a personificação do mundo se formando. É a própria Terra divinizada. Por tudo isso, Gaia é a base de todas as outras coisas que vieram depois dela.

    Surgida do Caos, ela é a origem de tudo, a fonte de toda a matéria: do céu, das montanhas e dos mares.

    Assim, após surgir do nada, Gaia gerou espontaneamente (ou seja, sem fertilização) três filhos: Urano (divindade que representa o Céu), Óreas (as Montanhas) Céu e Ponto (o Mar), de acordo com o que diz o poema mitológico Teogonia (ou Genealogia dos Deuses) de Hesíodo. O Céu e a Terra mais tarde uniram-se. Sim, por mais estranho que isso possa parecer, Gaia fez de seu filho Urano o seu marido. Dessa relação nasceram, por exemplo, os 12 Titãs. É por isso que Gaia também é chamada de Titeia: a mãe dos Titãs. São vários os filhos de Gaia, e o número costuma variar de acordo com a versão da genealogia dos deuses. Da sua união com Ponto, nasceram Nereu, Fórcis, Taumas, Ceto e Eríbia - todas elas divindades marinhas. Com Tártaro, deus do Mundo Inferior, teve Tífon ou Tufão, gigante que, segundo a crença, era responsável pelos ventos. 

    O seu culto era bastante difundido, especialmente nas épocas mais recuadas da cultura grega; acabou, porém, suplantado pelos cultos dos deuses olímpicos. Havia altares para Gaia em Atenas, Esparta, Olímpia e muitas outras pólis. Gaia era habitualmente representada em obras de arte, em geral, como uma senhora de aspeto maternal e preocupado, que emergia diretamente do solo.

     

     

    Fontes: https://www.infoescola.com/mitologia/gaia

    https://www.infoescola.com/mitologia/gaia



    Dia 4 de maio

    Foi divulgado aos alunos do 2.ºciclo,

    "ULISSES E O GIGANTE DE UM SÓ OLHO"



    Herói de muitas aventuras, Ulisses teve de servir-se de rapidez de espírito, de força e de manha para derrotar o ciclope Polifemo. 


    Ulisses já estava afastado da pátria há dez longos anos quando visitou a ilha dos Ciclopes. Eram gigantes aterradores, com um único olho no meio da testa.

    Ulisses e alguns dos camaradas entraram numa caverna onde descansaram e se abrigaram. Era a casa de um ciclope chamado Polifemo, que era um dos filhos de Poseídon, deus do mar. Ao fim do dia, o gigante de um só olho regressou com o rebanho. Depois de as ovelhas estarem em segurança lá dentro, a enorme e hedionda criatura tapou a entrada da caverna com uma pedra imensa. Era de tal maneira grande e pesada que nenhum ser humano, nem sequer uma multidão, podia ter pretensões a movê-la. Ulisses e os seus homens estavam encurralados.

    Avistando os aterrados humanos, o ciclope Polifemo agarrou em dois dos companheiros de Ulisses e engoliu-os inteiros. Na manhã seguinte, comeu mais dois, e depois afastou a pedra para as ovelhas saírem. Não conseguia acreditar a sua sorte: tinha uma despensa cheia de humanos!

    - Como é que te chamas, homenzinho? – perguntou o gigante, ao sair da caverna e ao começar a rolar mais uma vez a pedra para a entrada da caverna. – És um desses heróis que tanto ouço falar?

    - Eu, um herói? – gargalhou Ulisses. - Sou um ninguém. – (E então começou a formar-se-lhe uma ideia na mente.) – De facto, o meu nome é Ninguém.

    - Os meus cumprimentos, Ninguém. Estou ansioso por te comer quando voltar – sorriu o ciclope, quando o gigantesco penhasco tapou o sol.

    Nessa noite, Polifemo regressou com as ovelhas e, enquanto Ulisses observava impotente, agarrou em mais dois homens e comeu-os. A seguir o ciclope bebeu um pouco de vinho e caiu num sono profundo.

    Ulisses não perdeu tempo. Agarrou num enorme poste de madeira, que tinha escondido nas sombras, aqueceu a ponta no fogo e depois trepou para o peito do gigante adormecido. Com toda a sua força, enterrou o poste no único olho de Polifemo. O gigante berrou, suficientemente alto para atrair os outros ciclopes à entrada da caverna.

    - Estás bem, Polifemo? – gritou um deles, através da rocha que tapava a entrada. Não a queria afastar, não fosse dar-se o caso de Polifemo estar apenas a ter um pesadelo… e não ia achar graça nenhuma se as ovelhas lhe fugissem todas por dá cá aquela palha!

    - Estás a ser atacado? – perguntou outro ciclope, sabedor de que se tinham avistado estranhos na ilha.

    Lembrando-se do nome que Ulisses lhe dera, Polifemo gritou:

    - Ninguém está a magoar-me!

    Interpretando erradamente os berros de Polifemo, e contentes por ele não estar em perigo, os outros ciclopes regressaram para os seus lugares da ilha.

    - Ninguém está a magoar-me! – berrou o ciclope, à espera de socorro.

    Na manhã seguinte, cego mas não vencido, Polifemo tacteou o caminho ao longo das paredes da pedra da sua gruta. Afastou a enorme rocha apenas o suficiente para passar a ovelha.

    - Vou deixar as minhas ovelhas pastar uma a uma, Ninguém – declarou. – Mas tu e os teus homens ficam até cá até eu me decidir a comer-vos. Não preciso de ver para comer; basta-me um apetite sadio e uns dentes aguçados.

    À medida que cada ovelha passava através da fenda na entrada da caverna, Polifemo apalpava-lhe a lã para verificar se se tratava realmente de uma ovelha e não de um humano a tentar escapar-se-lhe.

    Tal não foi a sua surpresa ao ouvir a voz de Ulisses do exterior da caverna.

    - Devias ter pensado em apalpar debaixo das ovelhas – bramiu ele. – Prendemo-nos às barrigas delas.

    Só para ter a certeza de que o ciclope sabia quem é que o tinha excedido em astúcia, acrescentou:

    - E podes crer que não sou ninguém. Chamo-me Ulisses. Nunca te esqueças!

                                                                                                           Fonte: Mitos & Lendas Gregas, Editorial Estampa 


    Aos alunos do 3.ºciclo 

     "Mito do Rei Midas"




    Um mito bastante conhecido, tanto entre gregos quanto por romanos, foi o do Rei Midas. Como o todo mito da Antiguidade Clássica, o objetivo com a difusão das peripécias de Midas era lançar luz sobre a ganância humana.

    Midas era rei da Frígia (nome da região centro-oeste na antiga Ásia Menor; Anatólia, na moderna Turquia) e filho do camponês Górdio. A sua realeza foi herdada do pai, após este ter sido escolhido pelo povo do local, que entendia a chegada de Górdio como o cumprimento de uma profecia de um oráculo. A profecia dizia que o rei da Frígia chegaria numa carroça e, enquanto a população estava discutindo sobre este destino, chegou Górdio com a mulher e o filho numa carroça. Após a morte do pai Midas tornou-se o rei.

    Certo dia, Midas recebeu a visita de alguns camponeses que o levaram a um velho, bêbado e perdido, que haviam encontrado num dos caminhos do reino. Midas reconheceu o velho: era Sileno, mestre e pai de criação de Baco. Midas cuidou de Sileno e levou-o a Baco. O deus da vinha e do vinho, muito benevolente, concedeu um pedido a Midas. Este, sem refletir muito, pediu o dom de transformar em ouro tudo o que por ele fosse tocado. Mesmo percebendo a ganância de Midas, Baco realizou o pedido.

    O rei Midas voltou para casa feliz e também surpreendido com a capacidade por ele adquirida. Transformou várias coisas em ouro pelo caminho: pedras, folhagens, frutos...

    Ao chegar a casa, ordenou aos criados que lhe servissem um banquete. Mas ao tocar no pão, este foi transformado em ouro. Ao pegar a taça de vinho e tocar com os seus lábios na bebida, esta transformou-se em ouro líquido. Midas ficou desesperado ao perceber que jamais poderia alimentar-se novamente. Sua filha, Phoebe, vendo o seu desespero tentou socorrê-lo e, ao tocá-lo, transformou-se numa estátua de ouro.

    Mais desesperado ainda Midas orou a Baco, pedindo que este o livrasse daquilo que, na verdade, era uma maldição. Baco consentiu e disse a Midas que deveria banhar-se na fonte do rio Pactolo, para que pudesse lavar-se do castigo. Ao lavar-se, Midas passou às águas do rio o poder de tudo transformar em ouro, sendo que a areia do Pactolo se tornou dourada.

    Arrependido de sua ganância, Midas voltou aos campos, passando a morar longe das cidades.


    Fonte: https://www.historiadomundo.com.br/grega/mito-do-rei-midas.htm


    Dia 5 de maio

    Foi divulgado aos alunos do 2.ºciclo,

    Eco e Narciso


    Eco era uma bela ninfa exuberante e, como todas as outras, era responsável pelos cuidados de um vale, com um bosque, por onde corria um regato de água límpidas. Aliás, falava e falava e inventava histórias que prendiam a todos que a ouviam. Com voz agradável, era sempre solicitada a falar e a encantar suas companhias. Mas, ao contrário de outras que se divertiam às escondidas com Zeus, ela não tinha intenção de ter ninguém ao seu lado, apesar de ter muitos pretendentes.

                    Um dia, Hera, a esposa de Zeus, desconfiada das saídas do marido com as ninfas, chamou-a para dar explicações. Enquanto ela falava e tentava distrair a deusa, o insaciável Zeus traía-a com outra ninfa. A vingativa Hera descobriu a artimanha e condenou-a para sempre a nunca começar um diálogo e só repetir apenas as últimas palavras das frases que os outros diziam. Eco perdeu, assim, o seu mais precioso dom. Tomada pela tristeza, passou a vaguear pelo bosque, cada vez mais solitária e escondendo-se de todos.

                    O regato que tinha a seu cargo era margeado por verdes campinas, onde os pastores vinham saciar a sede de suas cabras e ovelhas. Escondida, observava de longe as atividades daqueles mortais e a simplicidade das suas vidas. Foi quando notou que um deles tinha uma beleza tão divina que não lhe podia passar despercebida. Ao encontrar outras ninfas, ouviu que elas comentavam a respeito do jovem belo pastor, que também nunca se apaixonara por ninguém e ainda se recusava a sair com elas. O seu nome era Narciso.

                    Esgueirando-se por entre as árvores, arbustos e rochas, todos os dias seguia os passos do pastor, de manhã ao entardecer. E a cada dia sentia-se mais e mais apaixonada. Até que um dia Narciso notou que estava a ser seguido e perguntou quem estava lá. Sem poder falar-lhe, Eco mostrou-se e, através de alguns gestos, tentou explicar-lhe que o amava muito. Ele, não só não entendeu como a julgou louca, encolheu os ombros e saiu com seu rebanho o mais depressa possível.

                    Eco retirou-se para o canto mais profundo daquele vale e chorou por muitos dias. Então, cansada da sua infelicidade, rezou a Afrodite e implorou-lhe que lhe tirasse a vida. Comovida pela sua tristeza e por aquela voz tão doce e melancólica, a deusa teve pena dela. Conversou com a Artémis e, juntas, tramaram um plano para ajudar a pobre Eco. Roubariam um raio de Zeus e nele colocariam um encanto: aquele que o recebesse se apaixonaria perdidamente pela primeira pessoa que olhasse. Combinaram com Eco que ficasse escondida e à espreita até que Narciso viesse dar de beber ao seu rebanho. Então, Artémis, com a sua mão certeira, atiraria o raio ao pastor e Eco apareceria em sua frente. O plano era perfeito.

    Todavia, assim que Artémis lançou o raio em direção ao jovem, ele debruçou-se sobre o regato para beber e viu sua própria imagem refletida na superfície da água. Foi a primeira pessoa que viu e, pelo encanto, a primeira também por quem se apaixonou. Ficou a admirar aquela imagem até ao escurecer e sem entender o que se passava. Voltou para casa e, sem dormir, esperou que clareasse o dia. Correu depressa para o regato e continuou a olhar para aquele belo rosto.

    Eco, inconformada, observava todos os dias aquele rapaz que vinha e se debruçava no mesmo lugar. Cada dia mais magro e pálido, já não comia nem bebia. Abandonara o rebanho solto pelo campo. Definhou tanto que o seu último ato foi cair desfalecido ao encontro do seu amor e submergir na fria água do regato.

    Nenhum detalhe foi perdido pela pobre ninfa. Ela, gentilmente, recusou que as outras intercedessem por ela, rejeitando a ajuda das deusas amigas. Mais uma vez, retirou-se para o interior do vale e, sabendo que não podia morrer, imaginou a sua eterna tortura. Nada mais fez e, sem comer, beber e dormir também definhou. Tanto entristeceu e definhou até que o seu corpo começara a desaparecer, até que lhe sobrou apenas a bela voz, além da maldição de Hera, de repetir a última palavra de alguém. Tomada de emoção e saudade daquela bela ninfa, Afrodite fez brotar, no lugar onde teriam um encontro de amor um arbusto muito verde, com flores de um azul sem igual e de perfume único.


    Fonte: http://www.saberpreciso.com


    Aos alunos do 3.ºciclo 

    "Vulcano, deus do fogo e dos vulcões"





    Vulcano  (Hefesto na mitologia grega) foi concebido por Juno, esposa de Zeus. No entanto, fora gerado apenas pela mãe, num momento de cólera, de vingança contra as infidelidades de seu poderoso marido.

    Quando nasceu foi grande a deceção, o seu corpo era feio e disforme, exatamente o oposto do previsto pela vaidosa Juno. Ela queria apresentar a todo o Olimpo uma linda e perfeita criança, fruto de sua solidão, envergonhando assim Zeus. Mas ao vê-lo assim, tão apavorante, resolveu atirá-lo ao mar, sem que ninguém soubesse de seu nascimento.

    No fundo do oceano, Tétis e Eurínome apiedaram-se do menino e resolveram criá-lo.

    Aos nove anos partiu então para o seu destino. Nessa época, já era um habilidoso artesão dos metais, do fogo e da forja.

    A dado momento da sua vida, Vulcano decidiu vingar-se da mãe que o rejeitara quando recém-nascido. Fabricou um lindo trono de ouro, capaz de hipnotizar os mais importantes deuses com a sua beleza. O trono foi enviado ao Olimpo sem destinatário. Todos os deuses se reuniram ao seu redor maravilhados com indescritível obra. Juno, a mãe de Vulcano, ouviu os boatos e seguiu até o local onde se encontrava a obra. Tão impressionada quanto os outros, decidiu sentar-se. Ali ficou durante horas, admirada por todos os deuses. Mas, aos poucos, todos se foram embora e, ao anoitecer, Juno, sozinha, tentou levantar-se. Percebeu então a armadilha: estava presa. Num gesto de desespero começou a gritar, acordando todos no palácio, inclusive o seu marido Zeus. Os deuses compareceram, mas nenhum conseguiu quebrar o encanto do trono de ouro. Descobriram que o responsável pela armadilha fora Vulcano.

    Zeus pediu a Baco que visitasse a Ilha vulcânica de Lemnos e trouxesse o deus vingativo. Baco só conseguiu o intento, após embriagá-lo com vinho. Ao acordar, Vulcano disse que só libertaria a mãe se a mão de Vénus, a mais bela das imortais, lhe fosse dada em casamento. Depois de longas horas, Zeus decidiu aceitar o pedido do deus ferreiro. Vénus casou-se com Vulcano, mas vingou-se do mesmo, traindo-o com inúmeros deuses.

     

    Segundo a mitologia clássica, Vulcano é o responsável pela criação e confeção da couraça de Hércules, o ceptro de Agamenão, as flechas de Apolo, o escudo de Aquiles, o carro do Sol, a coroa de Ariadne, o ceptro e os raios de Júpiter e ricas joias para as deusas.

    Vulcano é ainda patrono da criatividade, a qual se relaciona com o fogo. O fogo cria, o fogo transforma. O fogo transmite poder para criar e também para destruir. Por isso, os Deuses não queriam dar o fogo aos humanos, pois sabiam que estes deixariam o poder subir à cabeça, gerando discórdia e cobiça entre eles.

      

    Fonte:  http://dodecateismo.blogspot.com/2011/09/vulcano.html

    https://www.infopedia.pt/$vulcano


    Dia 6 de maio

    Foi divulgado aos alunos do 2.ºciclo,

    Pégaso, o Cavalo Alado




    Noite após noite, Belerofonte sonhava com o maravilhoso cavalo alado que tinha visto a beber na fonte Pirene. Acordava todas as manhãs a desejar que aquele corcel maravilhoso pudesse um dia ser seu. Uma noite, o sonho modificou-se. A deusa Atena apareceu-lhe e entregou-lhe umas rédeas de ouro.

                - Com elas, Pégaso será teu - disse-lhe.

    Belerofonte acordou com a palavra nos lábios – Pégaso.

    Nas mãos sentiu um objeto frio e olhou para baixo para verificar que segurava umas rédeas douradas. Este sonho não tinha sido nada vulgar.

                Belerofonte voltou a correr a Pirene e lá, está-se mesmo a ver, Pégaso desceu à terra. Rastejou e colocou as rédeas mágicas no cavalo. Os olhos de Pégaso encontraram-se com os dele e compreenderam-se mutuamente.

                O herói e o cavalo alado viveram juntos muitas aventuras. Durante uma temporada, Belerofonte viveu no palácio do rei Preto de Tirinte. Infelizmente, a rainha apaixonou-se por ele, mas não era correspondida. Ferida pela rejeição dele, foi ter com o marido, o rei Preto, e disse-lhe que era Belerofonte que estava apaixonado por ela.

                Entristecido com a novidade, o rei mandou o inocente Belerofonte entregar uma mensagem ao rei Lóbates da Lícia. A mensagem estava fechada e lacrada e Belerofonte não desconfiava minimamente que se tratava da sua sentença de morte. Solicitava que Lóbates matasse o mensageiro que lha entregasse.

                 Quando o rei leu a mensagem, não quis manchar as mãos de sangue. Resolveu que a melhor maneira de matar Belerofonte era enviá-lo numa missão impossível. O seu reino estava amaldiçoado pela Quimera, um monstro de bafo de fogo, com cabeça de leão, corpo de bode e cauda de serpente.

    - Tens de ma matar, Belerofonte - disse, cheio de esperança que ele se tornasse na próxima vítima da Quimera.

                Mas Belerofonte era tão astuto como valente. Na garoupa de Pégaso, picou direito ao animal e enfiou-lhe uma lança pela garganta. A ponta da lança era de chumbo, que se derreteu em contacto com o calor do bafo ardente do monstro. O chumbo derretido desceu depois pela garganta da Quimera abaixo, queimando-lhe as entranhas e matando-a.

                O rei Lóbates ficou tão satisfeito por se ter livrado da Quimera que preferiu ignorar o pedido do rei Preto. Não só não matou Belerofonte, como também permitiu que se casasse com a sua filha e se tornasse dono de metade do reino.

                Com o passar do tempo, Belerofonte foi-se tornando cada vez mais convencido. Achava-se o maior herói de todos os tempos e andava muito orgulhoso. Certo dia achou que era par dos deuses e que havia de montar Pégaso e voar até ao monte Olimpo para ocupar a sua legítima posição entre eles.

                Zeus não concordou nem com uma coisa nem com outra. Mandou um único moscardo morder Pégaso. O cavalo alado empinou-se de espanto, atirando com o cavaleiro ao chão. Belerofonte caiu à terra com estrondo e passou o resto dos dias como um pobre pária. Hoje, Pégaso vive com os deuses no monte Olimpo, transportando os raios de Zeus na garupa.

     

    Fonte: Mitos & Lendas Gregas, Editorial Estampa


    Aos alunos do 3.ºciclo, 

    Ícaro, o Rapaz que quis ir demasiado longe


    Dédalo vivia em Atenas e era famoso pelas suas engenhosas invenções. As pessoas vinham de muito longe para lhe pedir conselhos e ideias sobre a maneira de construir objectos. Tinha um jovem sobrinho, chamado Talo, que o ajudava. Dentro de pouco tempo, tornou-se melhor inventor do que ele, e as pessoas começaram a pedir-lhe conselhos a ele em vez de o fazerem a Dédalo.

    Dédalo pôs termo a essa situação de uma vez por todas quando, num acesso de ciúmes, empurrou Talo do telhado do Templo de Atena. Com Talo morto, Dédalo saiu à pressa de Atenas... E foi assim que se instalou na ilha de Creta.

    Infelizmente para Dédalo, encontrou-se com o rei Minos depois de Teseu ter liquidado o Minotauro. O rei irado atirou o inventor e o seu filho Ícaro para dentro do Labirinto.

    Com uma pequena ajuda, fugiram da prisão, mas como é que haviam de sair da ilha? Não demoraria muito até serem novamente apanhados e encarcerados. Dédalo não levou muito tempo a engendrar um plano. Apanhou aves e serviu-se das suas penas para construir dois enormes pares de asas. Coseu as penas a algodão e reforçou-as com cera. Com uma correia, prendeu então um dos pares ao filho e outro a si mesmo.

    - Se saltarmos aqui deste alto juntos, Ícaro, e fizeres o mesmo que eu, conseguimos escapar com vida desta ilha – disse o ancião -, mas tens de obedecer a algumas regras básicas.

    - Está bem, está bem – disse Ícaro, impacientemente. Estava ansioso por se ir embora antes que alguém os descobrisse.

    - Escuta! – disse-lhe o pai. – Não podes voar nem demasiado alto, nem demasiado baixo. Limita-te a seguir-me e a fazer o mesmo que eu.

    Então, depois de uma prece silenciosa aos deuses, Dédalo lançou-se do terreno e elevou-se no ar. As asas funcionavam! Funcionavam mesmo! Estava a voar! Em breve o pai e o filho deixaram a ilha de Creta para trás, mas Ícaro esqueceu-se rapidamente dos avisos do pai.

    Aquilo era tão divertido! Uma fresca brisa soprava vinda lá de baixo, do mar. O Sol aquecia-os lá de cima. O céu era de um lindo e puro azul. Quanto mais voavam, mais despreocupado e descuidado se tornava Ícaro.

    Elevava-se, picava, mergulhava através do ar e depois começou a voar para cima, mais acima, mais ainda, até ficar muito perto do Sol. O calor dos raios do Sol derreteu a cera que fixava as penas. As asas começaram a desfazer-se…

    - Pai! – gritou Ícaro. – Pai! Ajuda-me!

    Dédalo, porém, ia demasiado à sua frente e não ouviu os gritos do filho. Foi só quando o inventor ouviu um grande baque nas águas calmas, lá em baixo é que compreendeu o que tinha acontecido. Ícaro tinha-se atirado para a morte nas águas junto da ilha de Samos.

    Dédalo fora castigado pelos deuses por ter empurrado o sobrinho Talo do telhado do templo. Enquanto voava para a segurança, as suas lágrimas caíam do céu para o mar, onde o filho Ícaro se tinha ido encontrar com o seu trágico destino.

    Fonte: Mitos & Lendas, Editorial Estampa


    Dia 7 de maio

    Foi divulgado aos alunos do 2.ºciclo,

    Rómulo e Remo – História sobre a fundação de Roma


    Rómulo e Remo, irmãos gémeos, eram filhos do deus Marte e da mortal Reia Sílvia, filha de Numitor, herdeira da cidade de Alba, por ser filha do rei.

    No entanto, o desleal irmão do rei, Amúlio, fez um golpe de estado, apoderou-se da coroa e fez de Numitor seu prisioneiro. Reia Sílvia foi obrigada a ser Vestal, o que a proibia de ter filhos. Mas, seduzida por Marte, ela dá à luz Rómulo e Remo.

    Amúlio, rei tirano, ao saber do nascimento das crianças atirou-as no rio Tibre num cesto de verga e matou a sua mãe. O cesto acaba por encalhar no sopé das colinas da futura cidade de Roma. Uma loba, enviada pelo deus Marte, vem aleitar as crianças. Depois, o pastor Fáustulo, junto com sua esposa, criou-os como filhos, educando-os.

    Já crescidos, Fáustulo revelou a Rómulo e Remo a sua ilustre origem. Os irmãos foram ao palácio, mataram o usurpador Amúlio e libertaram o seu avô Numitor. Numitor, rei legítimo, recompensou os netos dando-lhes direito de fundar uma cidade no local onde a loba os encontrara, junto ao rio Tibre.

    Mas depressa os irmãos são separados por um problema: qual dos dois será rei? Ambos consultaram os presságios, antes de seguirem até a região destinada à construção da cidade. Remo viu seis abutres a sobrevoar o monte e Rómulo doze aves. Por esse sinal divino, Rómulo é designado rei.

    Remo, por não ser o escolhido, zombou do irmão e, num salto, atravessou o sulco sagrado cavado à volta da colina da nova cidade, mas é morto por Rómulo.

    Rómulo, após a fundação da cidade, preocupou-se em povoá-la.

    A notícia da nova cidade espalhou-se e os primeiros habitantes foram chegando, principalmente latinos e sabinos. Rómulo, após longa batalha com os sabinos, firmou acordo com o rei Tito Tácio.

    Rómulo reinou sob uma só nação na grande cidade de Roma.

     

     

     Fontes: Baussier, Slyvie, Lemayeur, Marie, Alunni, Bernard, Candé, Philipe,

    A Mitologia, Fleururs Livros e Livros, 2001

                                                        http://levitasm.blogspot.com/2008/05/mito-de-dipo.html



    Aos alunos do 3.ºciclo, 

    Mito de Europa 



    Na antiga Fenícia, atual Líbano, país mediterrânico do Médio Oriente, vivia o rei Agenor, que tinha três filhos: Cadmo, Cilix e Europa.

    Estava Europa, (segundo alguns, do grego eurus, grande, e ops, olho, visão), a ninfa dos olhos grandes, a jogar à bola na praia com algumas amigas, quando um touro lindíssimo, de alva pelagem e chifres dourados, se lhe prostra aos pés, oferecendo-lhe o dorso para ela cavalgar. Seduzida pela sua meiguice, a jovem senta-se em cima do touro, que de pronto se atira ao mar, nadando vigorosamente, para grande susto da princesa e das amigas que a viram desaparecer no horizonte.

    No dia seguinte aportaram na ilha de Creta, onde depois de deixar a princesa à sombra de um plátano, o touro se transforma em Zeus, o Senhor do Olimpo, que apaixonado pela beleza da jovem, assim se tinha assim transformado para evitar qualquer represália por parte de Hera, a sua ciumenta esposa divina. Como recompensa, o plátano conserva as suas folhas sempre verdes tanto no verão como no inverno.

    O seu pai, após o seu desaparecimento, ordenou aos dois filhos que fossem procurar a irmã, e não voltassem sem ela. Cadmo, na sua incessante procura, fundou a cidade de Tebas, de quem foi o primeiro rei, levando o alfabeto ao continente grego. Cilix, deu o seu nome à região da Cilicia, a atual Arménia.

    Da sua união com Zeus, Europa teve três filhos: Minos, Radamanto, Sarpédon.

    Mais tarde, quando Zeus a abandonou, Europa casou com o rei cretense Astérion, que lhe adoptou os filhos, e ao morrer deixou o trono a Minos.

    Foi esta princesa que deu o nome ao continente europeu, e como todos os mitos têm algum fundamento, se pensarmos que Europa era de origem fenícia, a sua viagem no dorso do touro desde as praias asiáticas até à ilha de Creta, representa possivelmente a expansão da civilização do Oriente para Ocidente. Junto com o touro branco, aparece nas moedas gregas de 2 euros.

    De acordo com Heródoto, o “Pai da História”, no séc. VIII a.C., a Europa é apenas uma das três partes em que os Gregos dividiram o mundo de então: Europa, Ásia e Líbia, a atual África.

    O mito de Europa é um fascinante mito da mitologia grega que inspirou escritores, historiadores, pintores e políticos que deram nome a moedas, um continente e criou várias obras de arte que retratam o amor de Zeus e de Europa.

    Fonte: http://obaudahistoria.blogspot.com/2010/09/o-mito-de-europa.html