A Biblioteca promove, no átrio da escola, uma exposição sobre a poluição dos mares que visa sensibilizar e educar para o problema do plástico nos oceanos.
Oceanário de Lisboa - Fundo para a conservação dos oceanos
A Biblioteca promove, no átrio da escola, uma exposição sobre a poluição dos mares que visa sensibilizar e educar para o problema do plástico nos oceanos.
Oceanário de Lisboa - Fundo para a conservação dos oceanos
" Celebrar.... Viagens Literárias"
Vivem-se as comemorações europeias no átrio da nossa Escola!
E tu, já descobriste as bandeiras?
Sabes que países atualmente integram a União Europeia?
“Este dia mundial é um reconhecimento justo da relevância global da língua portuguesa. Estou seguro de que o seu futuro continuará a ser enriquecido pela diversidade e solidariedade de todas as suas vozes.”
Mensagem de António Guterres, Secretário Geral das Nações Unidas
Em tempos muito, muito longínquos, não existiam mulheres no
mundo, apenas homens, que viviam sem envelhecer, sem sofrimento, sem cansaço.
Quando chegava a hora de morrerem, faziam-no em paz, como se simplesmente
adormecessem.
Mas um dia, Prometeu (cujo nome significa ‘o que pensa
antecipadamente’, isto é, Previdente) roubou o fogo a que só os deuses tinham
acesso e deu-o aos homens, para que também eles pudessem usufruir desse bem, na
defesa contra os animais ferozes, na confeção dos alimentos, na garantia de
aquecimento nas noites frias.
Ora, o rei dos deuses não podia deixar passar em branco a
afronta de Prometeu e concebeu um castigo terrível para a Humanidade. Mandou
então que, com a ajuda de Atena, Hefesto, o deus ferreiro, criasse a primeira
mulher, Pandora, que significa (‘todos os dons’), e cada um dos deuses dotou-a
com uma das suas características: Afrodite deu-lhe beleza e poder da sedução;
Atena fê-la arguta e concedeu-lhe a habilidade dos lavores femininos; mas Hermes
deu-lhe a capacidade de mentir e de enganar os outros.
Zeus ofereceu-a então de presente a Epimeteu, que era irmão
de Prometeu. O seu nome significava exatamente o contrário do irmão, pois
Epimeteu quer dizer ‘o que pensa depois’, isto é, irrefletido. E, de facto, sem
pensar duas vezes e contrariando a advertência do irmão, que lhe dissera que
nunca aceitasse nenhum presente vindo de Zeus, ele deixou-se seduzir pela bela
Pandora e casou-se com ela.
Pandora trazia consigo um presente dado pelo pai dos deuses:
uma jarra (“a caixa de Pandora”), bem fechada, que estava proibida de abrir.
Mas, roída pela curiosidade, um dia decidiu levantar só um bocadinho da tampa,
para ver o que lá se escondia. De imediato dela se escaparam todos os males que
até aí os homens não conheciam: a doença, a guerra, a velhice, a mentira, os
roubos, o ódio, o ciúme… Assustada com o que fizera, Pandora fechou a jarra tão
depressa quanto pôde, colocando-lhe de novo a tampa. Mas era demasiado tarde:
todos os males haviam invadido o mundo para castigar os homens. Lá muito no
fundo da jarra, restara apenas uma pequena e tímida coisa, que ocupava muito
pouco espaço, a esperança.
Por isso se diz que “a esperança é a última a morrer”. De
facto, com todos os males soltos no mundo, lutando e quantas vezes vencendo os
bens de que os homens gozavam, só a esperança, bem guardada no mais fundo dos
nossos corações, nos dá ânimo para nunca desistirmos de expulsar as coisas más
das nossas vidas.
Fonte:
http://www.olimpvs.net/index.php/mitologia/a-caixa-de-pandora
Gaia é a
deusa da Terra ou simplesmente Mãe-Terra nas
mitologias gregas e romana.
Segundo o poeta Hesíodo, Gaia
é a personificação do mundo se formando. É a própria Terra divinizada. Por tudo isso, Gaia
é a base de todas as outras coisas que vieram depois dela.
Surgida do Caos, ela é a
origem de tudo, a fonte de toda a matéria: do céu, das montanhas e dos mares.
Assim,
após surgir do nada, Gaia gerou espontaneamente (ou seja, sem fertilização)
três filhos: Urano (divindade que representa o Céu), Óreas (as Montanhas) Céu e
Ponto (o Mar), de acordo com o que diz o poema mitológico Teogonia (ou Genealogia
dos Deuses) de Hesíodo.
O Céu e a Terra mais tarde uniram-se. Sim, por mais estranho que isso possa
parecer, Gaia fez de seu filho
Urano o seu marido. Dessa relação nasceram, por exemplo, os 12 Titãs. É
por isso que Gaia também é chamada de Titeia: a mãe dos Titãs. São vários os
filhos de Gaia, e o número costuma variar de acordo com a versão da genealogia
dos deuses. Da sua união com Ponto, nasceram Nereu, Fórcis, Taumas, Ceto e
Eríbia - todas elas divindades marinhas. Com Tártaro, deus do Mundo Inferior,
teve Tífon ou Tufão, gigante que, segundo a crença, era responsável pelos
ventos.
O seu culto era bastante difundido, especialmente
nas épocas mais recuadas da cultura grega; acabou, porém, suplantado pelos
cultos dos deuses olímpicos. Havia altares para Gaia em Atenas, Esparta, Olímpia e muitas outras pólis. Gaia era
habitualmente representada em obras de arte, em geral, como uma senhora de
aspeto maternal e preocupado, que emergia diretamente do solo.
Fontes: https://www.infoescola.com/mitologia/gaia
https://www.infoescola.com/mitologia/gaia
Herói de muitas aventuras, Ulisses teve de servir-se de rapidez de espírito, de força e de manha para derrotar o ciclope Polifemo.
Ulisses já estava afastado da pátria
há dez longos anos quando visitou a ilha dos Ciclopes. Eram gigantes
aterradores, com um único olho no meio da testa.
Ulisses e alguns dos camaradas
entraram numa caverna onde descansaram e se abrigaram. Era a casa de um ciclope
chamado Polifemo, que era um dos filhos de Poseídon, deus do mar. Ao fim do
dia, o gigante de um só olho regressou com o rebanho. Depois de as ovelhas
estarem em segurança lá dentro, a enorme e hedionda criatura tapou a entrada da
caverna com uma pedra imensa. Era de tal maneira grande e pesada que nenhum ser
humano, nem sequer uma multidão, podia ter pretensões a movê-la. Ulisses e os
seus homens estavam encurralados.
Avistando os aterrados humanos, o
ciclope Polifemo agarrou em dois dos companheiros de Ulisses e engoliu-os
inteiros. Na manhã seguinte, comeu mais dois, e depois afastou a pedra para as
ovelhas saírem. Não conseguia acreditar a sua sorte: tinha uma despensa cheia
de humanos!
- Como é que te chamas, homenzinho? –
perguntou o gigante, ao sair da caverna e ao começar a rolar mais uma vez a
pedra para a entrada da caverna. – És um desses heróis que tanto ouço falar?
- Eu, um herói? – gargalhou Ulisses. -
Sou um ninguém. – (E então começou a formar-se-lhe uma ideia na mente.) – De
facto, o meu nome é Ninguém.
- Os meus cumprimentos, Ninguém. Estou
ansioso por te comer quando voltar – sorriu o ciclope, quando o gigantesco
penhasco tapou o sol.
Nessa noite, Polifemo regressou com as
ovelhas e, enquanto Ulisses observava impotente, agarrou em mais dois homens e
comeu-os. A seguir o ciclope bebeu um pouco de vinho e caiu num sono profundo.
Ulisses não perdeu tempo. Agarrou num
enorme poste de madeira, que tinha escondido nas sombras, aqueceu a ponta no
fogo e depois trepou para o peito do gigante adormecido. Com toda a sua força,
enterrou o poste no único olho de Polifemo. O gigante berrou, suficientemente
alto para atrair os outros ciclopes à entrada da caverna.
- Estás bem, Polifemo? – gritou um
deles, através da rocha que tapava a entrada. Não a queria afastar, não fosse
dar-se o caso de Polifemo estar apenas a ter um pesadelo… e não ia achar graça
nenhuma se as ovelhas lhe fugissem todas por dá cá aquela palha!
- Estás a ser atacado? – perguntou
outro ciclope, sabedor de que se tinham avistado estranhos na ilha.
Lembrando-se do nome que Ulisses lhe
dera, Polifemo gritou:
- Ninguém está a magoar-me!
Interpretando erradamente os berros de
Polifemo, e contentes por ele não estar em perigo, os outros ciclopes
regressaram para os seus lugares da ilha.
- Ninguém está a magoar-me! – berrou o
ciclope, à espera de socorro.
Na manhã seguinte, cego mas não
vencido, Polifemo tacteou o caminho ao longo das paredes da pedra da sua gruta.
Afastou a enorme rocha apenas o suficiente para passar a ovelha.
- Vou deixar as minhas ovelhas pastar
uma a uma, Ninguém – declarou. – Mas tu e os teus homens ficam até cá até eu me
decidir a comer-vos. Não preciso de ver para comer; basta-me um apetite sadio e
uns dentes aguçados.
À medida que cada ovelha passava
através da fenda na entrada da caverna, Polifemo apalpava-lhe a lã para
verificar se se tratava realmente de uma ovelha e não de um humano a tentar
escapar-se-lhe.
Tal não foi a sua surpresa ao ouvir a
voz de Ulisses do exterior da caverna.
- Devias ter pensado em apalpar
debaixo das ovelhas – bramiu ele. – Prendemo-nos às barrigas delas.
Só para ter a certeza de que o ciclope
sabia quem é que o tinha excedido em astúcia, acrescentou:
- E podes crer que não sou ninguém.
Chamo-me Ulisses. Nunca te esqueças!
Fonte: Mitos & Lendas Gregas, Editorial Estampa
Um mito bastante conhecido, tanto entre
gregos quanto por romanos, foi o do Rei Midas. Como o todo mito da Antiguidade Clássica, o objetivo
com a difusão das peripécias de Midas era lançar luz sobre a ganância humana.
Midas era rei da Frígia (nome da região centro-oeste na antiga Ásia Menor;
Anatólia, na moderna Turquia) e filho do camponês Górdio. A sua realeza foi
herdada do pai, após este ter sido escolhido pelo povo do local, que entendia a
chegada de Górdio como o cumprimento de uma profecia de um oráculo. A profecia
dizia que o rei da Frígia chegaria numa carroça e, enquanto a população estava
discutindo sobre este destino, chegou Górdio com a mulher e o filho numa
carroça. Após a morte do pai Midas tornou-se o rei.
Certo dia, Midas recebeu a visita de alguns camponeses que o levaram a um
velho, bêbado e perdido, que haviam encontrado num dos caminhos do reino. Midas
reconheceu o velho: era Sileno, mestre e pai de criação de Baco. Midas cuidou
de Sileno e levou-o a Baco. O deus da vinha e do vinho, muito benevolente,
concedeu um pedido a Midas. Este, sem refletir muito, pediu o dom de
transformar em ouro tudo o que por ele fosse tocado. Mesmo percebendo a ganância
de Midas, Baco realizou o pedido.
O rei Midas voltou para casa feliz e também surpreendido com a capacidade
por ele adquirida. Transformou várias coisas em ouro pelo caminho: pedras,
folhagens, frutos...
Ao chegar a casa, ordenou aos criados que lhe servissem um banquete. Mas ao
tocar no pão, este foi transformado em ouro. Ao pegar a taça de vinho e tocar
com os seus lábios na bebida, esta transformou-se em ouro líquido. Midas ficou
desesperado ao perceber que jamais poderia alimentar-se novamente. Sua filha,
Phoebe, vendo o seu desespero tentou socorrê-lo e, ao tocá-lo, transformou-se numa
estátua de ouro.
Mais desesperado ainda Midas orou a Baco, pedindo que este o livrasse
daquilo que, na verdade, era uma maldição. Baco consentiu e disse a Midas que
deveria banhar-se na fonte do rio Pactolo, para que pudesse lavar-se do
castigo. Ao lavar-se, Midas passou às águas do rio o poder de tudo transformar
em ouro, sendo que a areia do Pactolo se tornou dourada.
Arrependido de sua ganância, Midas voltou aos campos, passando a morar longe das cidades.
Fonte:
https://www.historiadomundo.com.br/grega/mito-do-rei-midas.htm
Eco e
Narciso
Eco
era uma bela ninfa exuberante e, como todas as outras, era responsável pelos
cuidados de um vale, com um bosque, por onde corria um regato de água límpidas.
Aliás, falava e falava e inventava histórias que prendiam a todos que a ouviam.
Com voz agradável, era sempre solicitada a falar e a encantar suas companhias.
Mas, ao contrário de outras que se divertiam às escondidas com Zeus, ela não
tinha intenção de ter ninguém ao seu lado, apesar de ter muitos pretendentes.
Um
dia, Hera, a esposa de Zeus, desconfiada das saídas do marido com as ninfas,
chamou-a para dar explicações. Enquanto ela falava e tentava distrair a deusa,
o insaciável Zeus traía-a com outra ninfa. A vingativa Hera descobriu a artimanha
e condenou-a para sempre a nunca começar um diálogo e só repetir apenas as
últimas palavras das frases que os outros diziam. Eco perdeu, assim, o seu mais
precioso dom. Tomada pela tristeza, passou a vaguear pelo bosque, cada vez mais
solitária e escondendo-se de todos.
O regato que tinha a
seu cargo era margeado por verdes campinas, onde os pastores vinham saciar a
sede de suas cabras e ovelhas. Escondida, observava de longe as atividades
daqueles mortais e a simplicidade das suas vidas. Foi quando notou que um deles
tinha uma beleza tão divina que não lhe podia passar despercebida. Ao encontrar
outras ninfas, ouviu que elas comentavam a respeito do jovem belo pastor, que
também nunca se apaixonara por ninguém e ainda se recusava a sair com elas. O
seu nome era Narciso.
Esgueirando-se
por entre as árvores, arbustos e rochas, todos os dias seguia os passos do
pastor, de manhã ao entardecer. E a cada dia sentia-se mais e mais apaixonada.
Até que um dia Narciso notou que estava a ser seguido e perguntou quem estava
lá. Sem poder falar-lhe, Eco mostrou-se e, através de alguns gestos, tentou
explicar-lhe que o amava muito. Ele, não só não entendeu como a julgou louca,
encolheu os ombros e saiu com seu rebanho o mais depressa possível.
Eco
retirou-se para o canto mais profundo daquele vale e chorou por muitos dias.
Então, cansada da sua infelicidade, rezou a Afrodite e implorou-lhe que lhe
tirasse a vida. Comovida pela sua tristeza e por aquela voz tão doce e
melancólica, a deusa teve pena dela. Conversou com a Artémis e, juntas,
tramaram um plano para ajudar a pobre Eco. Roubariam um raio de Zeus e nele
colocariam um encanto: aquele que o recebesse se apaixonaria perdidamente pela
primeira pessoa que olhasse. Combinaram com Eco que ficasse escondida e à
espreita até que Narciso viesse dar de beber ao seu rebanho. Então, Artémis,
com a sua mão certeira, atiraria o raio ao pastor e Eco apareceria em sua
frente. O plano era perfeito.
Todavia,
assim que Artémis lançou o raio em direção ao jovem, ele debruçou-se sobre o
regato para beber e viu sua própria imagem refletida na superfície da água. Foi
a primeira pessoa que viu e, pelo encanto, a primeira também por quem se
apaixonou. Ficou a admirar aquela imagem até ao escurecer e sem entender o que
se passava. Voltou para casa e, sem dormir, esperou que clareasse o dia. Correu
depressa para o regato e continuou a olhar para aquele belo rosto.
Eco,
inconformada, observava todos os dias aquele rapaz que vinha e se debruçava no mesmo
lugar. Cada dia mais magro e pálido, já não comia nem bebia. Abandonara o rebanho
solto pelo campo. Definhou tanto que o seu último ato foi cair desfalecido ao
encontro do seu amor e submergir na fria água do regato.
Nenhum
detalhe foi perdido pela pobre ninfa. Ela, gentilmente, recusou que as outras
intercedessem por ela, rejeitando a ajuda das deusas amigas. Mais uma vez,
retirou-se para o interior do vale e, sabendo que não podia morrer, imaginou a
sua eterna tortura. Nada mais fez e, sem comer, beber e dormir também definhou.
Tanto entristeceu e definhou até que o seu corpo começara a desaparecer, até
que lhe sobrou apenas a bela voz, além da maldição de Hera, de repetir a última
palavra de alguém. Tomada de emoção e saudade daquela bela ninfa, Afrodite fez
brotar, no lugar onde teriam um encontro de amor um arbusto muito verde, com
flores de um azul sem igual e de perfume único.
Fonte:
http://www.saberpreciso.com
"Vulcano, deus do fogo e
dos vulcões"
Vulcano (Hefesto na mitologia grega) foi concebido por Juno, esposa de Zeus. No entanto, fora gerado apenas
pela mãe, num momento de cólera, de vingança contra as infidelidades de seu
poderoso marido.
Quando nasceu
foi grande a deceção, o seu corpo era feio e disforme, exatamente o oposto do
previsto pela vaidosa Juno. Ela queria apresentar a todo o Olimpo uma linda e
perfeita criança, fruto de sua solidão, envergonhando assim Zeus. Mas ao vê-lo
assim, tão apavorante, resolveu atirá-lo ao mar, sem que ninguém soubesse de
seu nascimento.
No fundo do oceano, Tétis e
Eurínome apiedaram-se do menino e resolveram criá-lo.
Aos nove anos partiu então para o seu destino.
Nessa época, já era um habilidoso artesão dos metais, do fogo e da forja.
A dado momento da sua vida, Vulcano decidiu vingar-se da mãe que o rejeitara
quando recém-nascido. Fabricou um lindo trono de ouro, capaz de hipnotizar os
mais importantes deuses com a sua beleza. O trono foi enviado ao Olimpo sem
destinatário. Todos os deuses se reuniram ao seu redor maravilhados com
indescritível obra. Juno, a mãe de Vulcano, ouviu os boatos e seguiu até o
local onde se encontrava a obra. Tão impressionada quanto os outros, decidiu
sentar-se. Ali ficou durante horas, admirada por todos os deuses. Mas, aos
poucos, todos se foram embora e, ao anoitecer, Juno, sozinha, tentou
levantar-se. Percebeu então a armadilha: estava presa. Num gesto de desespero
começou a gritar, acordando todos no palácio, inclusive o seu marido Zeus. Os
deuses compareceram, mas nenhum conseguiu quebrar o encanto do trono de ouro.
Descobriram que o responsável pela armadilha fora Vulcano.
Zeus pediu a Baco que visitasse a Ilha vulcânica de Lemnos e trouxesse o
deus vingativo. Baco só conseguiu o intento, após embriagá-lo com vinho. Ao
acordar, Vulcano disse que só libertaria a mãe se a mão de Vénus, a mais bela
das imortais, lhe fosse dada em casamento. Depois de longas horas, Zeus decidiu
aceitar o pedido do deus ferreiro. Vénus casou-se com Vulcano, mas vingou-se do
mesmo, traindo-o com inúmeros deuses.
Segundo a mitologia clássica, Vulcano é o responsável
pela criação e confeção da couraça de Hércules, o ceptro de Agamenão, as
flechas de Apolo, o escudo de Aquiles, o carro do Sol, a coroa de Ariadne, o ceptro
e os raios de Júpiter e ricas joias para as deusas.
Vulcano é ainda
patrono da criatividade, a qual se relaciona com o fogo. O fogo cria, o fogo
transforma. O fogo transmite poder para criar e também para destruir. Por isso,
os Deuses não queriam dar o fogo aos humanos, pois sabiam que estes deixariam o
poder subir à cabeça, gerando discórdia e cobiça entre eles.
Fonte: http://dodecateismo.blogspot.com/2011/09/vulcano.html
https://www.infopedia.pt/$vulcano
Noite
após noite, Belerofonte sonhava com o maravilhoso cavalo alado que tinha visto
a beber na fonte Pirene. Acordava todas as manhãs a desejar que aquele corcel
maravilhoso pudesse um dia ser seu. Uma noite, o sonho modificou-se. A deusa
Atena apareceu-lhe e entregou-lhe umas rédeas de ouro.
-
Com elas, Pégaso será teu - disse-lhe.
Belerofonte
acordou com a palavra nos lábios – Pégaso.
Nas
mãos sentiu um objeto frio e olhou para baixo para verificar que segurava umas
rédeas douradas. Este sonho não tinha sido nada vulgar.
Belerofonte
voltou a correr a Pirene e lá, está-se mesmo a ver, Pégaso desceu à terra.
Rastejou e colocou as rédeas mágicas no cavalo. Os olhos de Pégaso encontraram-se
com os dele e compreenderam-se mutuamente.
O
herói e o cavalo alado viveram juntos muitas aventuras. Durante uma temporada,
Belerofonte viveu no palácio do rei Preto de Tirinte. Infelizmente, a rainha
apaixonou-se por ele, mas não era correspondida. Ferida pela rejeição dele, foi
ter com o marido, o rei Preto, e disse-lhe que era Belerofonte que estava
apaixonado por ela.
Entristecido
com a novidade, o rei mandou o inocente Belerofonte entregar uma mensagem ao
rei Lóbates da Lícia. A mensagem estava fechada e lacrada e Belerofonte não
desconfiava minimamente que se tratava da sua sentença de morte. Solicitava que
Lóbates matasse o mensageiro que lha entregasse.
Quando o rei leu a mensagem, não quis manchar
as mãos de sangue. Resolveu que a melhor maneira de matar Belerofonte era
enviá-lo numa missão impossível. O seu reino estava amaldiçoado pela Quimera,
um monstro de bafo de fogo, com cabeça de leão, corpo de bode e cauda de
serpente.
-
Tens de ma matar, Belerofonte - disse, cheio de esperança que ele se tornasse
na próxima vítima da Quimera.
Mas
Belerofonte era tão astuto como valente. Na garoupa de Pégaso, picou direito ao
animal e enfiou-lhe uma lança pela garganta. A ponta da lança era de chumbo,
que se derreteu em contacto com o calor do bafo ardente do monstro. O chumbo
derretido desceu depois pela garganta da Quimera abaixo, queimando-lhe as
entranhas e matando-a.
O
rei Lóbates ficou tão satisfeito por se ter livrado da Quimera que preferiu
ignorar o pedido do rei Preto. Não só não matou Belerofonte, como também
permitiu que se casasse com a sua filha e se tornasse dono de metade do reino.
Com
o passar do tempo, Belerofonte foi-se tornando cada vez mais convencido.
Achava-se o maior herói de todos os tempos e andava muito orgulhoso. Certo dia
achou que era par dos deuses e que havia de montar Pégaso e voar até ao monte
Olimpo para ocupar a sua legítima posição entre eles.
Zeus
não concordou nem com uma coisa nem com outra. Mandou um único moscardo morder
Pégaso. O cavalo alado empinou-se de espanto, atirando com o cavaleiro ao chão.
Belerofonte caiu à terra com estrondo e passou o resto dos dias como um pobre
pária. Hoje, Pégaso vive com os deuses no monte Olimpo, transportando os raios
de Zeus na garupa.
Dédalo vivia em Atenas e era famoso
pelas suas engenhosas invenções. As pessoas vinham de muito longe para lhe
pedir conselhos e ideias sobre a maneira de construir objectos. Tinha um jovem
sobrinho, chamado Talo, que o ajudava. Dentro de pouco tempo, tornou-se melhor
inventor do que ele, e as pessoas começaram a pedir-lhe conselhos a ele em vez
de o fazerem a Dédalo.
Dédalo pôs termo a essa
situação de uma vez por todas quando, num acesso de ciúmes, empurrou Talo do
telhado do Templo de Atena. Com Talo morto, Dédalo saiu à pressa de Atenas... E
foi assim que se instalou na ilha de Creta.
Infelizmente para Dédalo,
encontrou-se com o rei Minos depois de Teseu ter liquidado o Minotauro. O rei irado
atirou o inventor e o seu filho Ícaro para dentro do Labirinto.
Com uma pequena ajuda,
fugiram da prisão, mas como é que haviam de sair da ilha? Não demoraria muito
até serem novamente apanhados e encarcerados. Dédalo não levou muito tempo a
engendrar um plano. Apanhou aves e serviu-se das suas penas para construir dois
enormes pares de asas. Coseu as penas a algodão e reforçou-as com cera. Com uma
correia, prendeu então um dos pares ao filho e outro a si mesmo.
- Se saltarmos aqui deste
alto juntos, Ícaro, e fizeres o mesmo que eu, conseguimos escapar com vida desta
ilha – disse o ancião -, mas tens de obedecer a algumas regras básicas.
- Está bem, está bem – disse
Ícaro, impacientemente. Estava ansioso por se ir embora antes que alguém os
descobrisse.
- Escuta! – disse-lhe o
pai. – Não podes voar nem demasiado alto, nem demasiado baixo. Limita-te a
seguir-me e a fazer o mesmo que eu.
Então, depois de uma
prece silenciosa aos deuses, Dédalo lançou-se do terreno e elevou-se no ar. As
asas funcionavam! Funcionavam mesmo! Estava a voar! Em breve o pai e o filho
deixaram a ilha de Creta para trás, mas Ícaro esqueceu-se rapidamente dos
avisos do pai.
Aquilo era tão divertido!
Uma fresca brisa soprava vinda lá de baixo, do mar. O Sol aquecia-os lá de
cima. O céu era de um lindo e puro azul. Quanto mais voavam, mais despreocupado
e descuidado se tornava Ícaro.
Elevava-se, picava,
mergulhava através do ar e depois começou a voar para cima, mais acima, mais
ainda, até ficar muito perto do Sol. O calor dos raios do Sol derreteu a cera
que fixava as penas. As asas começaram a desfazer-se…
- Pai! – gritou Ícaro. –
Pai! Ajuda-me!
Dédalo, porém, ia
demasiado à sua frente e não ouviu os gritos do filho. Foi só quando o inventor
ouviu um grande baque nas águas calmas, lá em baixo é que compreendeu o que
tinha acontecido. Ícaro tinha-se atirado para a morte nas águas junto da ilha
de Samos.
Dédalo fora castigado
pelos deuses por ter empurrado o sobrinho Talo do telhado do templo. Enquanto
voava para a segurança, as suas lágrimas caíam do céu para o mar, onde o filho
Ícaro se tinha ido encontrar com o seu trágico destino.
Fonte: Mitos &
Lendas, Editorial Estampa
Rómulo e Remo – História sobre
a fundação de Roma
Rómulo e Remo, irmãos gémeos,
eram filhos do deus
Marte e da mortal Reia Sílvia, filha de Numitor, herdeira da cidade de Alba,
por ser filha do rei.
No entanto, o desleal irmão do rei, Amúlio, fez um
golpe de estado, apoderou-se da coroa e fez de Numitor seu prisioneiro. Reia
Sílvia foi obrigada a ser Vestal, o que a proibia de ter filhos. Mas, seduzida
por Marte, ela dá à luz Rómulo e Remo.
Amúlio, rei tirano, ao saber do nascimento das
crianças atirou-as no rio Tibre num cesto de verga e matou a sua mãe. O cesto
acaba por encalhar no sopé das colinas da futura cidade de Roma. Uma loba,
enviada pelo deus Marte, vem aleitar as crianças. Depois, o pastor Fáustulo,
junto com sua esposa, criou-os como filhos, educando-os.
Já crescidos, Fáustulo revelou a Rómulo e Remo a sua
ilustre origem. Os irmãos foram ao palácio, mataram o usurpador Amúlio e libertaram
o seu avô Numitor. Numitor, rei legítimo, recompensou os netos dando-lhes
direito de fundar uma cidade no local onde a loba os encontrara, junto ao rio
Tibre.
Mas depressa os irmãos são separados por um problema:
qual dos dois será rei? Ambos consultaram os presságios, antes de seguirem até
a região destinada à construção da cidade. Remo viu seis abutres a sobrevoar o
monte e Rómulo doze aves. Por esse sinal divino, Rómulo é designado rei.
Remo, por não ser o escolhido, zombou do irmão e, num
salto, atravessou o sulco sagrado cavado à volta da colina da nova cidade, mas
é morto por Rómulo.
Rómulo, após a fundação da cidade,
preocupou-se em povoá-la.
A notícia da nova cidade espalhou-se e os primeiros
habitantes foram chegando, principalmente latinos e sabinos. Rómulo, após longa
batalha com os sabinos, firmou acordo com o rei Tito Tácio.
Rómulo reinou sob uma só nação na grande cidade de
Roma.
Fontes: Baussier, Slyvie, Lemayeur, Marie, Alunni, Bernard, Candé,
Philipe,
A Mitologia, Fleururs Livros e Livros, 2001
http://levitasm.blogspot.com/2008/05/mito-de-dipo.html
Na antiga Fenícia, atual Líbano, país mediterrânico do Médio
Oriente, vivia o rei Agenor, que tinha três filhos: Cadmo, Cilix e Europa.
Estava Europa, (segundo alguns, do grego eurus, grande, e
ops, olho, visão), a ninfa dos olhos grandes, a jogar à bola na praia com
algumas amigas, quando um touro lindíssimo, de alva pelagem e chifres dourados,
se lhe prostra aos pés, oferecendo-lhe o dorso para ela cavalgar. Seduzida pela
sua meiguice, a jovem senta-se em cima do touro, que de pronto se atira ao mar,
nadando vigorosamente, para grande susto da princesa e das amigas que a viram
desaparecer no horizonte.
No dia seguinte aportaram na ilha de Creta, onde depois de
deixar a princesa à sombra de um plátano, o touro se transforma em Zeus, o
Senhor do Olimpo, que apaixonado pela beleza da jovem, assim se tinha assim
transformado para evitar qualquer represália por parte de Hera, a sua ciumenta
esposa divina. Como recompensa, o plátano conserva as suas folhas sempre verdes
tanto no verão como no inverno.
O seu pai, após o seu desaparecimento, ordenou aos dois
filhos que fossem procurar a irmã, e não voltassem sem ela. Cadmo, na sua
incessante procura, fundou a cidade de Tebas, de quem foi o primeiro rei,
levando o alfabeto ao continente grego. Cilix, deu o seu nome à região da
Cilicia, a atual Arménia.
Da sua união com Zeus, Europa teve três filhos: Minos,
Radamanto, Sarpédon.
Mais tarde, quando Zeus a abandonou, Europa casou com o rei
cretense Astérion, que lhe adoptou os filhos, e ao morrer deixou o trono a
Minos.
Foi esta princesa que deu o nome ao continente europeu, e
como todos os mitos têm algum fundamento, se pensarmos que Europa era de origem
fenícia, a sua viagem no dorso do touro desde as praias asiáticas até à ilha de
Creta, representa possivelmente a expansão da civilização do Oriente para
Ocidente. Junto com o touro branco, aparece nas moedas gregas de 2 euros.
De acordo com Heródoto, o “Pai da História”, no séc. VIII
a.C., a Europa é apenas uma das três partes em que os Gregos dividiram o mundo
de então: Europa, Ásia e Líbia, a atual África.
O mito de Europa é um fascinante mito da mitologia grega que
inspirou escritores, historiadores, pintores e políticos que deram nome a
moedas, um continente e criou várias obras de arte que retratam o amor de Zeus
e de Europa.
Fonte:
http://obaudahistoria.blogspot.com/2010/09/o-mito-de-europa.html